No canaviá, no canaviá...
Vai
a vida
na
lida no canaviá
Desse
canaviá sai a riqueza
que dá posse e dá pose pro bacana
forra
seu latifúndio com essa grama
se empanturra no pasto a
safadeza
perdigota, arrota, ri à mesa
sem lembrar que quem
gera essa fartura
só engole é pó de terra dura
e de
“cambra” apequena atrofiado
Mas na mão tem podão bem
afiado
que ninguém como ele sabe usar
No canaviá… no canaviá...
A foligem da queima vai pro peito
avermelha o olho do peão
que trabalha virado num carvão
e nem 10 litros de água da jeito
deita a cana e se dá por satisfeito
pois, na palha, a batida é mais cruel
ou vem bote de cobra cascavel
ou se lasca, destronca o espinhaço
mas a lima desliza, afia o aço
que ninguém como ele sabe usar
Nenhum comentário:
Postar um comentário